quinta-feira, 28 de julho de 2011

Suécia - Fevereiro 2009

A idéia de ir para Suécia não foi minha. Eu sou péssimo em geografia, não tenho a mínima noção do que tem nos outros países. Muitas pessoas tiram onda com minha cara por que não sei onde fica nada, não sei a capital de nada. Conheço só o básico que todos sabem, que Paris fica na França, que Hitler viveu na alemanha e que os russos são frios e lá tem muita neve. Saiu desse triângulo sou cego. Minha amiga Fátima me ligou perguntando se eu queria ir para Suécia, eu, na minha ignorância perguntei o que tinha lá, uma torre, um muro, uma praia, algo famoso. E ela disse que não tinha nada de famoso, mas era muito bonito. Fazem nove meses, indo para dez que estou aqui e passei 24h em Londres, nada mais, nenhuma outra viagem fora do país. Decidi aceitar o convite. As passagens estão em promoção, tudo muito barato. Vâmbora.
Trabalhei domingo até as 2h da manhã, e o vôo estava marcado para as 7h. Dormi duas horas e meia. Direto para o aeroporto. Frio que Deus manda. Entramos no avião, e ele atrasou nada mais, nada menos que três horas, ficamos três horas dentro do avião por que o tempo não estava bom, estava nevando em algumas partes da Irlanda. Não tinha como decolar. Eu estava disposto a descer do avião e desistir de tudo. A vontade de fumar ou de atirar em alguém era gigante. Os aviões de vôos pela europa são como os da Gol no Brasil; pequenos, apertados... eu estava parindo uma metralhadora, para sair atirando em todo mundo. Chegamos a mencionar o que faríamos se desistíssimos. Ok, o avião depois de três horas decolou.
Descemos em território sueco e já esbarramos com cinco brasileiros, quatro garotas e um rapaz. Tinham entre 16 e 17 anos, as quatro meninas fazem intercâmbio na Alemanha e o rapaz na França, estavam também passeando. Ficamos uma hora e meia no aerporto para se localizar, ter informações, trocar euro por coroas, enfim.
Fomos para Estocolmo, capital da Suécia. Uma hora e meia de ônibus. Nessa parte, eu e Fátima nos afastamos dos brasileiros, por que nós iamos para um um hostel e eles para outro. Chegamos no terminal central e fomos logo pedir informação, pegamos um mapa e nos atiramos, escurece cedo lá, já estava escuro, eu realmente não lembro que horas eram isso. Achamos o hostel, um lugar bacana, como todos os hostel, gigante, grande... água quente para tomar banho. O recepcionista tinha um irmão que morou quatro anos no Brasil... aí começou o assunto. Muitas pessoas da Suécia já estiveram no Brasil, Copacana, Rio de Janeiro.. muitas... muito mais que aqui em Dublin.
Primeiro dia em Estocolmo fomos em um pub, já era tarde, o barman era das ilhas canárias, falava português, sueco, ingles e espanhol, demais. Muito engraçado ele. O pub já estava perto de fechar, bebemos duas pint de uma cerveja sueca, mais ou menos, e caímos fora. Fomos para outro pub, lá tinha algumas pessoas, tomamos uma heineken, e fomos para o hostel dormir, isso já passava de meia noite, e aqui na europa funciona dessa forma, todos vão para os pubs cedo por que fecha cedo.
Segundo dia em Estocolmo, acordamos cedo, o sol estava brilhando, caímos na estrada, dessa vez sem mochilas.... Pegamos algumas informações com o recepcionista do hostel, mapa na mão e vâmbora. Pegamos um trem para um local que não lembro o nome, estávamos a procura da estação de Ski. Achamos, tudo muito bonito, estava fechado, não podíamos esquiar, e o frio comia... Para ir para neve precisa de roupas e sapatos apropriados, e não tínhamos isso. Realizei um sonho de infância, pisar na neve. Deóis disso fomos a procura do castelo onde mora a Rainha e o Rei. Descobri lá que a Rainha tem um pé no Brasil, sua mãe é brasileira.... Fomos para o castelo... Normal, nada de mais, não tem cara de castelo, mas é grande. Na frente é o mar, e estava congelado, pude caminhar no mar.... estranho isso.. risos... Até aparecer um militar e pedir para que eu não caminhe lá, pela segurança da realeza....
Ok, tiramos muitas fotos, morremos de frio nos pés por que era gelo puro. Chegamos no ponto do ônibus, sentamos, derrepente chega duas meninas conversando, estávamos meio distante do centro da cidade, e não acreditamos, as meninas eram brasileiras... foi muito engraçado. Uma estava lá por que o marido estava estudando em Estocolmo e a outra estava só visitando. Ok, pegamos o busão, fomos para a estação de trem para pegar o trem para o centro da cidade. Esse dia era aniversário da minha grande amiga Fátima... Deus do céu, ela me cobrou um parabéns desde o dia anterior, queria um parabéns cheio de glamour, eu tentei dar, mas, foi cobrado, não foi expontâneo.. e ela não aceitou... me cobrou o dia inteiro um parabés, eu dei vários, nenhum como ela queria... pessoa louca!!! Voltamos para o hostel para tomar um banho, chegando lá, os brasileiros que encontramos no aerporto estavam chegando... Essa é uma longa outra história que eu gostaria muito de contar. Conheci a Bárbara, uma BHense, de 17 anos, mas tem a malandragem de alguém de 50. Demos muitas risadas juntos. Antes de sair a noite eu preferi dormir um pouco, por que queria estar inteiro, e a pessoa que estava comigo não quis dormir, até ficou do meu lado tentando puxar conversa para que eu também não dormisse.. mas aí banquei o tolo, parei de responder para ver se ela calava a boca.. calou. Dormi por duas horas... santo remédio, estava inteiro novamente. Caminhamos o dia inteiro sob o gelo, caminha já não é bom, com os pés congelados com sapados inadequados para isso é pra fuder. Fátima me acordou as 20h. Por um instante eu pensei em ficar na cama, era tudo que eu queria naquele momento, mas era seu aniversário, eu não podia fazer isso. Levante, tomei um banho, e vâmbora novamente. Quanado se viaja assim, a economia é fundamental, graças a Deus não estamos no Brasil, que na europa vc pode ficar em hostel, quarto com mais dez ou doze pessoas, sair e deixar sua bagabem lá que ninguém mexe, agora se fosse no Brasil..... nem o cheiro teria. Então, achamos uma lanchonete que vendia sanduíche por 15 coroas, ou seja, 1,50 de euro. Depois da refeição fomos procurar um lugar para beber e comemorar o aniversário da Fátima, e a galera brasileira estavam conosco, mas, nenhuma delas tinha 18 anos. E na europa todo lugar pede identidade. Tentamos, um, dois, tres, quatro... no quarto bar elas sacaram identidades falsas... eu ri muito... elas são prepardas..... foi muito engraçado. Bebemos até o bar fechar, isso era 3h da manhã... fomos para o hostel e eu fui fazer um miojo para comer. Dormi.
Quarta feira, acordamos com a mulher que limpa o quarto falando que deveríamos desocupar, deveríamos sair onze da manha, que é o horário, mas, estávamos todos podre. Eu estava melhor, por que dormi no dia anterior antes de sair, mas o resto... estávamos todos os brasileiros e um japonês com cara de cuzão no mesmo quarto. Tomamos banho, eu e a Fátinha e caímos fora, ficamos de nos encontrar com elas numa lanchonete mas não deu certo, por que eu e a Fatinha paramos no palácio para ver a troca de guarda e acabamos nos atrasando. A troca de guarda é fantástica, mas fico pensando, é um ritual de uma hora, e é feito todo dia.. deve ser muito chato para os soldados.
Saímos de lá, fomos na lanchonete marcada e não tinha ninguém, comemos e fomos andar... comecei a chamar a Fatinha de cuzão... por que ela estava morta, cansada, mais mochila... foi uma companhia péssima para mim... aquela cara de TPM do meu lado. Fomos para o aeroporto, o dinheiro estava contado, tínhamos euro, mas projetei um valor para gastar e não queria sair dele, e não saímos. Fomos para o aerporto. O aeroporto era pequeno, sem muito entreteinimento, parecia rodoviária do Brasil. Ficamos mais de três horas no aeroporto, rindo das pessoas... isso foi cruel... não rindo no sentido da palavra, mas, reparando todo mundo. Embarcamos devolta, mais duas horas e meia para chegar em Dublin... Eu certamente não mencionei aqui conversar e assuntos engraçados, mas assim que eu for lembrando, eu vou postando.

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