quinta-feira, 28 de julho de 2011

Doente longe de casa.. nunca é bom

Uma semana dessas minhas pernas começaram ficar ligeiramente cansadas ao trabalhar, o trabalho estava me exaustando a ponto de eu ficar pensando que já não tinha mais idade para fazer o que faço. Uma semana depois o corpo inteiro começou a doer, uma dor muscular e na juntas do corpo. Estranho, como quem vai para a academia pela primeira vez e fica todo estourado. Estava eu desse jeito. Passou mais uma semana, já na terceira semana eu estava realmente ruim, era todo o corpo dolorido, pernas e braços cansados, estômago enjoado, estava um lixo. Espereia família voltar dos Estados Unidos, estavam todos de férias, já não tinha trabalhado sexta, sábado eu fui, domingo eu não consegui me mexer na cama. A família chegou e eu procurei um médico e fiz exames. O resultado, inflamação no fígado. Tudo muito doido por que não existe um tratamento além de cama, e a inflamação estava realmente avançada. Esperamos mais uma semana, e mais uma, não tive como escapar; fui internado. Como no Brasil, fiquei horas no corredor aguardando por leito, a direferença é q não esperei para ser atendido. Fiquei das 7 da noite até as 4 da manha no corredor. 4 horas um enfermeiro me chama e me avisa que já tinha um leito disponível. Quero lembrar que fiquei no corredor, mas fiquei numa cama, não fiquei no chão... risos...
Não se vê gente jovem no hospital, somente idosos. Os quartos são como os do Brasil, talvez um pouco maior, tem seis camas por quarto, e são todos dividigos por cortinas, onde você fecha ela e fica no seu quadrado.
Do meu lado esquerdo tem um senhor de uns 80 anos que chama a Sheila dia e noite, ele não dorme, agora começaram a dopar ele durante a noite, por que ele não dá sussego. No começo achava que era sofrimento, mas agora já estou achando que é confiado mesmo. Quando a mulher dele está aqui ele fica quietinho. Mas, a gente respeita. Do meu lado direito tem outro senhor que também tem uns 80 anos, ele está sem a metade do pé, sei disso por que está enfaixado, e o pé dele está pela metade. Na minha frente tem um senhor que dorme o dia inteiro, simpático, mas não fala, a mulher dele vem todo dia fazer a barba dele com um barbeador, ele não tem movimentos, só a cabeça. Do lado esquerdo dele tem outro senhor de uns 80 também, ele tem algo no nariz, o nariz dele está vermelho cor de sangue, mas só um pedaço, como se estiver com um coágulo, algo estranho, e do outro lado tem um cara de uns 40 anos que tem algo no estômago, em função disso a cara dele parece a bunda de um babuíno.
O atendimento do hospital é ótimo, a comida também, enfermeiros e enfermeiras são educadíssimos, boa parte são estrangeiros. E eu estou aqui, sentado na minha cama, repousando, esperando o tempo passar. Tic tac, tic tac....

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