quinta-feira, 28 de julho de 2011

Berlin - Alemanha - Março 2009 - Nunca vou esquecer disso

O vôo para Berlin era as seis horas da manhã, para pegar o vôo as 6h, tinha que estar lá as 5h, para estar lá as 5h, tinha que sair de casa as 4h, para sair de casa as 4h, tinha que acordar as 3h, pronto, nem dorme. Pela primeira vez viajo com minha irmã. 2 horas de vôo de Dublin para Berlin, chegamos lá o tempo estava nublado. No aerporto já encontramos um mineiro, brasieliro. Fomos direto para o Hostel deixar nossa bagagem. Pegamos algumas informações na recepção do hostel para ver onde íamos. Minha irmã já tinha visto todos os lugares a ser visitado pela internet, só faltava pegar mapa da cidade e do metrô para a locomoção. A principal razão de eu estar em Berlin era para ver o muro. O muro de Berlin. Isso todo mundo conhece, e eu queria antes de qualquer coisa ver o famoso MURO. E próximo do hostel, segundo a recepcionista tinha uma parte do muro. Isso foi ótimo, minha irmã queria ir para o outro lado e deixar essa parte do muro para o dia senguinte, mas, eu estava lá para ver o muro. Começamos a caminhar, caminhamos cerca de 30 minutos e nada, resolvemos parar e perguntar. Não, era mais adiante, derrepente encontramos uma capela, e do lado tinha uma muralha de compensado, algo fechado como se fosse construção, e lá dentro, era o muro. Era. Não tinha nada, apenas preservaram o lugar onde tinha o muro. Caçarola-caçareta, andei tanto para ver o bendito do muro, tinha algumas fotos de como era com o muro, frustrante. Não vi o muro. Então resolvemos pegar o trem e ir para o outro lado da cidade, vâmbora. Chegamos no centro, estávamos indo para um museu dos Judeus, e no caminho, passamos por um muro. Eu disse para minha irmã: _Acho q aqui é um pedaço do muro. Mas falei na sacanagem, e ela respondeu que se parasse alguém e tirasse foto, com certeza era. E era mesmo, achamos um pedaço do Muro de Berlin de pé. Bem, tinha um pedaço de mais ou menos 300m de muro, pixado, destruido, velho...... Não sei o que senti na hora, acho que não senti nada, apenas comecei a rir, por que eu apenas tinha brincado com a situação e realmente era o muro. A cidade de Berlin é bem diferente das visitadas anteriormente. Achei uma cidade fria, nublada, suja, tudo é pixado. Lembra um pouco do Brasil. Estar em Blumenau é estar mais na alemanha do que estar na própria alemanha. Não tem alemães brancos como temos em Blumenau. Doido isso. Dentro do museu dos Judeus tinha uma caixa de vidro pedindo donativos, e ali dentro tinha notas de euro e dólar , alguém, brasileiro, colocou uma nota de R$ 2,00.
No hostel conhecemos um americano, um cara muito gente boa. A noite perguntamos se ele ia sair e nos convidamos para ir junto, para comer algo... comemos hamburguer e fomos parar numa balada. Fomos parar num bar meio que alternativo, não sei se todos os lugares em Berlin são assim por que só tivemos lá mesmo. Muita gente estranha, cabelos, roupas, piercings, doido, tudo muito doido. Tomei um puta porre. Voltei para o hostel fazendo zig-zag. Agora vem a parte boa da história. Quando estávamos indo para casa, minha irmã subiu sozinha por que eu ia fumar um cigarro. Nós já tinhamos nos instalados, eu já sabia qual era minha cama e da minha irmã. A chave para abrir a porta são aqueles cartões magnéticos. Então fumei meu cigarro e resolvi ainda voltar para o bar, ficava perto do hostel, bebi mais um pouco e então resolvi voltar para o hostel. Entrei no elevador, apertei nosso andar, fui até a porta do quarto, passei meu cartão, a porta abriu, todo quarto escuro, todo mundo dormindo, entrei em silêncio, peguei meu celular para usar como lanterna. Silêncio total, afinal, eram 6h da manhã. Fui apenas checar minha irmã, coloquei o celular no rosto dela, pois era um beliche, ela estava dormindo embaixo e eu em cima, quando me deparei com aquela mulher deitada, não era minha irmã, começa o diálogo:
(eu)_Hei, quem é você?
(Ela)_Quem é você, o que faz no meu quarto?
(eu)_Este é meu quarto, onde está minha irmã? Onde está minha irmã?
Fui até o armário onde estava minha mala, ele estava aberto, vazio e sem meu cadeado. Eu pergunto em pânico:
(eu)_Onde está minha mala? Ondes está minha irmã? Fui até a cama do americano e ele estava lá dormindo, derrepente a menina levanta e diz para eu me acalmar, me puxa para fora do quarto, estavam todos dormindo, eu não sabia o que estava acontecendo, estava em pânico, derrepente, minha irmã, minha bagagem, tudo desaparece. Quando eu saio do quarto eu olho para o número 509, meu quarto era o 309.
(eu)_Oh Jesus, meu quarto não é esse!! Desculpe, desculpe, mas, por que minha chave abriu a porta do seu quarto?
_Não sei, é isso que vou descobrir agora.
(eu)_Me desculpe, de onde é você?
(Ela)_Sou da Alemanha, respondeu a moça.
Pedi mil desculpas pelo engano, tentei entrar no meu quarto com minha chave e não consegui.
Minha irmã abriu a porta para mim e logo o telefone toca, era da recepção para saber se eu existia, se estava lá.... kkkkk Muito engraçado isso.
Acordamos meio dia e fomos para o centro da cidade, onde vimos a parte bonita e nova de Berlin. Também fomos na igreja derrotada pela guerra, universidade e outros lugares bonitos.
Esqueci de contar, lá em Berlin, vendem pedaço do muro em tudo quanto é lugar, muito engraçado, embora o muro tenha sido kilométrico nos dá a sençação de estar vendo um pedaço falso à venda.

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